quarta-feira, 18 de julho de 2012

Aumenta para 38% o número de analfabetos funcionais no ensino superior | No Mundo e Nos Livros


Nova pesquisa revela que 38% dos alunos do ensino superior são analfabetos funcionais. O número de analfabetos funcionais aumentou 6% em relação a última pesquisa. Veja Aqui

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade.

Criado em 2001, o Inaf é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado em uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos. Elas respondem a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus ou o cálculo do desconto de um produto...


Continue lendo em:

No Mundo e Nos Livros

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Salve a Independência


Maria Quitéria e a Independência (Feminina) da Bahia
Almirante Águia
Mulher bonita
Mulher-soldado
Por amor a liberdade
Desvencilha-se da vaidade

Com coragem e autoridade
Foi guerreira em combate
Ganhou posto permanente
Na Bahia independente

Aclamada heroína...
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

POESIA - Ócio e Modernidade


Ócio e Modernidade
Publicado na Revista Artpoesia nº 99
 
O ócio é o prazer agoniado
De nada fazer
De não ir e nem vir
Apesar de toda a necessidade
É o deixar para depois
Podendo fazer agora
Vivemos em pleno ócio
Fazendo apressado
O que se pode fazer amanhã
Fazendo o máximo de tudo
Enquanto tão pouco nos basta

O ócio urbano
É horista, mensalista
E faz uma grana por fora
Consome duas parte
De cada vida
Salário justo ou não
Perde-se em fúteis contradições
O outro terço esvai-se das mãos
Pagando tudo o que é possível
Abrigo, sustento, aparência, ilusão
Entre o vício e a libertação
Acúmulo de resíduos e sobras

E o deus do capital
Espreguiçado e atento
Numa sombra do quintal
Chora do tanto que ri
Ao ter em ti trabalhador
Mantenedor universal
Que produz continuamente
Para o consumo assaz, voraz
No resultado desta ação
Energia em fissão
Que sublima o capital

Eu, você, quem vai nascer
Tudo é gado em um curral.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quem escreveu a Bíblia? - Revista Superinteressante


As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.

Leia a matéria completa:


quinta-feira, 19 de abril de 2012

VoZeS dA ViDA - Povo KRAHÔ

19 DE ABRIL - DIA DO ÍNDIO


O Povo Krahô pede socorro e denuncia descaso das autoridades no atendimento de seus direitos básicos nas aldeias localizadas entre os municípios de Goiatins e Itacajá, no Tocantins.

VEJA TAMBÉM:

Rede Globo a serviço de quem contra índios?


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fringe 4x18 - The Consultant - Review


Ninguém sabe mesmo o que falar em funerais.
Confirmado que B-Lee, realmente esta morto, não via motivos para ter sido uma armação. Este episódio em parte foi sobre a vingança, a outra parte voltou-se para as escolhas que são feitas em função daqueles a quem se quer bem, tanto Walter Bishop, no passado, como Philip Alt Broyles, estão envolvidos em decisões que tem por plano principal, o amor, a ”filia”. Em nome deste sentimento acertamos e erramos, ao fazer escolhas que envolvam o bem estar direto do outro, apesar das consequências para o coletivo, no caso de Fringe, para os universos.

David R. Jones, então consagrado vilão de Fringe faz um teste de sincronia entre os universos, ele “recalibra” a frequência universal das pessoas deixando-as em sincronia, assim ele consegue provocar um acidente em um ou outro universo, a partir de um dos dois, com isso acaba por eliminar a pessoa em ambos os locais.
Se o plano de DRJ, é criar o colapso entre os universos, exterminando as pessoas, não entendo porque estes testes pontuais sejam necessários, uma vez que assistimos algo semelhante, porém com maior amplitude em 4x12 – Welcome to Westfield, quando ele foi capaz de eliminar uma cidade inteira. O caso da semana foi mais para encher linguiça.
A Alt Nina não é tão inteligente e sagaz como a Nina da Massive Dynamic que estamos acostumados a ver, uma pessoa melindrosa, dúbia, repleta de segredos, que nunca sabe de nada, porém entrega o caso sempre que Olivia a coloca na parede. No entanto a Alt Nina, age com crença em DRJ, tanta fé e presunção lhe embotou os sentidos, a ponto de cair no conto do parceiro delator, esperava mais drama, não aquela ceninha quase amadora que me fez lembrar o Detetive Colombus ou as velhas tramas de Jornada nas Estrelas, quando menos esperávamos, o caso estava resolvido.
Um grande alívio descobrir que Alt Broyles, não é um shapeshifter, entretanto, é um peão num joguete sentimentalista de vida ou morte, enredado por Jones, este sujeito tem muito a oferecer em Fringe. Afirmo que os produtores acertaram a mão quando centralizaram os acontecimentos do “Padrão” todos nele. É um pouco forçado e simplista, mas resolve algumas questões dos espectadores.

As conclusões dos acontecimentos neste episódio não me agradaram muito, foram poucas as surpresas, ponto alto para o mea culpa de Walter, dirigindo-se a Alt Broyles, como se estivesse frente a toda a humanidade do Universo Alternativo. Tendo citado Columbus, os mistérios do episódio foram sendo resolvidos como em séries dos anos 70, pouca ação e suspense, pronto, tudo resolvido, até mesmo o Agente Broyles apareceu do nada no Universo Alternativo, bem em frente a Máquina do Apocalipse... Um bombom para quem negar que não pensou tratar-se de um metamorfo que assumiria o lugar do Alt Broyles!

No finalzinho, a conclusão que Walter leva a Peter e Olivia, não revela nada novo, também não cria alternativas novas. Gostando ou não de Fringe, este episódio fez a série cair no meu conceito, A Short Histoty About Love, foi mais interessante.


Vamos nos preparar para um salto no tempo, e ver o que o “Broda”, acrescentará ao futuro.
Bem certo que quem esteja entrando em colapso seja eu.

domingo, 8 de abril de 2012

Fringe 4x17 Everything In It's Right Place - Review


Bom pessoal, não resisti, fiz um resumo sobre o último episódio de Fringe, 4x17 - Everything In It's Right Place, apresentado na 6ª feira (6), espero que aprovem.

Não me falem que o episódio foi chinfrim. Não, não foi. Foi um ótimo episódio, voltado para o Agente Lee (Tyrone) Lincoln, que por incrível que pareça, esta mais desencontrado do que nunca, de cara ele entra no laboratório de Walter, e sentimos a sensação de que Lee é de um outro planeta, totalmente desconectado, para completar a Olivia não lembra-se de momentos cruciais, da vida dele, e pergunta a origem daquele amuleto gravitacional. Enquanto isso Peter, que de fato esta deslocado ou não do seu Universo ou Timeline, sai tranquilamente para um passeio com a família, este negócio de levar a vaca para passear, parece-me com aquela coisa de tirar o fim de semana para levar a tia avó ao parque. Nada contra, felizes os que fazem isto espontaneamente.

O episódio nos remete ao encontro, a família, mais uma vez, ao amor. Até Astrid tem um compromisso com o pai. Então o Agente Lee, não pensa duas vezes e diz, “Você fica aqui e eu vou em seu lugar.” Lee atravessa a ponte (ainda não nos mostraram como ocorre este processo), o que seria uma simples missão de estafeta, passa a ser uma grande aventura para o nosso agente, que reluta em voltar para a casa. Neste momento o título do episódio faz sentido, e podemos comparar com a música do Radiohead, Everything In It's Right Place:
“Tudo está no devido lugar

sábado, 31 de março de 2012

Tributo a Palavra

Artistas de Itaberaba são homenageados
O Grupo Raízes, em parceria com o CETEP e o Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães,  familiares, amigos e artistas, reuniram-se para homenagear dois grandes nomes da cultura Itaberabense no dia 30/03/2012, às 20 horas, quando realizaram o Projeto Tributo a Palavra, uma atividade multicultural, cujo objetivo foi destacar o importantísimo papel destes dois ícones culturais desta cidade. Ambos professores, o ator Adriano Nascimento, e o poeta trovador Amilton Mascarenhas, que foram atuar em novos palcos, a partir de 2011.


O vídeo que apresento, é uma homenagem ao amigo e poeta MAFAUBAM, BITE DE GADO BRAVO ou AMILTON MENEZES MASCARENHAS. Conheci o poeta em 2008, conversamos sobre arte e cultura, trocamos algumas impressões sobre a cultura e também sobre poesia. Conhecia um verso ou outro do poeta, mas passei a gostar mesmo do seu trabalho, quando fui brindado por ele, com um CD livro, coletânea com alguns dos seus trabalhos. Conforme consta em sua biografia no Portal Itaberaba, Amilton escreveu 36 livros e publicou 16, acredito que possam ser mais, uma vez que a biografia não segue atualizada.
Eu e Amilton tínhamos uma amizade furtiva, fora poucos telefonemas, nos encontrávamos sempre ao acaso em eventos culturais ou em caminhadas atarefadas pelas ruas do centro de Itaberaba, mas nunca conversamos outra coisa que não fosse poesia, e sobre um projeto de site que nunca foi à frente, uma vez que nunca nos reunimos para planejar. Surgiu um hiato, de repente, a notícia do seu falecimento, com isto, o desmanche da oportunidade de ter conhecido melhor o meu amigo poeta e desfrutar do conhecimento que carregava em sua Voz de Passarinho.
Mas eu estava enganado, nada está perdido, o homem pode não ser imortal, mas o poeta nunca morre.

Adriano Nascimento - Imagens do Facebook

domingo, 25 de março de 2012

FRINGE: A série mais bem elaborada da atualidade

Sobre fringe
Fringe, é uma série de Sci-fi (ficção cientifica) exibida pelo canal FOX e estreada em Setembro de 2008. A série é criada por produtores de prestígio, como J.J. Abrams (Lost), Roberto Orci e Alex Kurtzman (ALIAS, Star Trek e Mission Impossible II). Conta ainda com a participação do actor Joshua Jackson (Pacey, de Dawson’s Creek). É uma série que se baseia em acontecimentos estranhos, que apenas um homem consegue explicar, Walter Bishop. Este vai revelar-se muito importante para que a nossa personagem principal, Olivia Dunham (Anna Torv) consiga resolver os seus casos. Fringe aposta em tecnologia biológica e futurística, com forte influêcia de Isaac Asimov.
Os fãns deste gênero (Sci-fi), vão a loucura com tamanha diversidade: Universos paralelos, universos alternativos, telepatia, telecinese, transmutação, controle mental, viagem no tempo e muito mais, tudo montado de uma forma fantástica e surpreendente na mitologia de Fringe. Apesar de ser uma das séries mais intrigantes e bem montadas da atualidade, corre o risco de não passar desta temporada, devido o baixo índice de audiência que tem permanecido na casa dos 3 milhões de expectadores nos EUA, na faixa de 18 a 49 anos. Com isso o canal diz que esta perdendo dinheiro. Embora os autores informem que para uma conclusão bem elaborada, que feche bem todas as pontas, seja necessária mais uma temporada com uns 15 episódios. A série é exibida toda 6ª feira, às 21 horas pelo canal FOX.
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Este espaço, Altair Blog, não destina-se a comentar ou fazer reviews de séries, mas fiquei bastante ansioso em querer comentar nos sites especializados, porém como nada ainda foi editado, nos locais que acesso, resolvi  tecer aqui minhas percepções sobre o episódio 4x15 – A Short Story About Love, que aconteceu na última 6ª feira, dia 23.

Sobre o episódio
Então nossas, pelo menos de alguns, suspeitas estavam corretas, Peter esta em casa, a Olivia é ela mesma, que estava vivendo o mundo reescrito, o mais interessante é que não houve muito interesse por parte de Walter em querer estudar a psique de Olivia, Nina assustou-se, mas também aceitou como fato, como situação irremediável, de certa forma a Olivia morreu. Imaginemos que o tempo reescrito, feito às pressas com tinta ruim ou sem o catalisador correto, esteja se desfazendo pouco a pouco, as páginas apagadas em confronto com a luz, reascendam os escritos originais.
Neste último episódio, tive apenas uma surpresa, que foi o retorno de September, graças a percepção de Walter, o plano do Observador aconteceu muito antes do que ele esperava, porém no momento certo. Bastante engraçado foi a jogada com o ursinho vigia, com uma câmera embutida, sempre o improvável, ajudando a solucionar mistérios. Acredito que toda esta movimentação para encontrar um sinalizador, que ajude a encontrar outro sinalizador que orientasse o Observador a retornar para oTempo (como gostaria de conhecer este “lugar nenhum”, onde o careca ficou detido), esta ação toda foi pura perda de tempo, uma estratégia de roteiro para isolar os principais personagens enquanto estes pudessem refletir sobre si mesmos. Poderia ter sido explorado de uma outra forma. Não fiquei assim... tipo satisfeito.
A grande gafe do episódio, é Walter não precisar de óculos para perceber que havia algo escrito naquele disco implantado no olho de Peter, mas a jogada de September, foi de mestre. 

O ladrão de feromônios, que (des)figura mais grotesca e insossa, tanto pânico e dor, apenas para uns poucos momentos de docilidade, muito cruel. Uma grande operação tecno-bestial-killer,  somente para firmar numa Olivia já convencida a consciência de que a solidão é muito ruim, que a sua vida anterior não valia nada, que ela precisava assumir o seu amor. Antes tivessem utilizado aquele episódio no homem invisível para isto, a mensagem teria sido mais emocional.
Estava na cara que a ruiva não era a escolhida do DESfigurado, mesmo com meu inglês ruim, percebi logo que havia uma amante na jogada, se fosse a ruiva, acho que ela morreria no que dependesse da equipe Fringe, eles estavam muito mal posicionados, estavam expostos.
O amor é tudo, que o digam do além o casal de cadáveres, tocando-se ternamente. Assim também acontece com Subject 9 (4x04), Eugene (4x07) e com o DESfigurado non-sense deste último episódio. Todos querem ser normais, todos querem ser amados.
Se vocês, meia dúzia de leitores deste blog, não entenderam xongas, sugiro que assistam a série, ou então acompanhem por aqui, aqui ou aqui, alguns exemplos de páginas sobre seriados de tv.
Considerando que em Fringe, nada acontece por acaso, este episódio parece-me um tanto fraco, mesmo funcionando como um eixo, que colocará as personagens e os expectadores, cada qual no seu devido posto para enredar os próximos enlaces, visto que a partir de agora, Peter sabe que está no Universo correto, e Olívia é a mesma Olívia que conhecemos anteriormente. Pode também ser uma forma de equalizar certas equações, estabelecendo lastro para que a série seja concluída ainda nesta temporada. Fico muito triste com esta possibilidade.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

OPINIÃO: Greve, Polícia Militar e Sociedade

A greve da força policial na Bahia é uma opção danosa para a sociedade, coloca em risco o patrimônio público e privado, põe em risco as pessoas que por algum motivo, se reconhecem como pessoas comuns, embora a minha percepção não consiga vislumbrar quem seja comum ou incomum, possa ser que exista alguma explicação freudiana ou kafkaniana sobre o assunto.

Mas isto não importa, as pessoas não estão muito incomodadas com a questão salarial da PM, estão incomodadas com a quebra das suas rotinas, algumas sentindo falta do ar frio e bacteriano dos escritórios, dos engarrafamentos e do pão abaixo do peso na padaria da esquina. O direito particular de ir e vir esta sendo conspurcado devido falta de “consciência” de uma categoria “essencial’ ao controle da ordem social, que reivindica melhores condições de trabalho e vida.

A impressão que se tem, é que antes deste movimento grevista ocorrer, não existiam barbaridades e violências domésticas ou urbanas, com crimes hediondos e atrozes, tudo começou com a deflagração da paralização. Tais fatos, demonstram a cada cidadão a importância das forças de segurança pública. Com elas é ruim, sem elas é pior. Então cada qual deve desgarrar-se dos seus interesses momentaneamente, passando a apoiar o movimento para que tudo seja reestabelecido e as rotinas retornem ao tradicional.

Qualquer greve pode ser considerada crime, de acordo com ponto de vista jurídico e princípios legais, sem que esqueçamos, os interesses do estado. Ao mesmo tempo, os salários podem ser legais, por estarem determinados e registrados em algum papiro com a chancela do estado, mas será sempre imoral, quando não atende necessidades básicas e interesses do trabalhador, inclusive o policial, sendo este, o ponto de vista humano e social.

Direitos de cada um e direitos humanos resguardados ou não, e desconsiderando a desigualdade das forças, quando ocorre uma mobilização de estudantes, estes quebram vidraças, depredam estátuas, sendo sempre, obra de algum exaltado, baderneiro ou infiltrado, que ao agir elimina o elemento pacífico da mobilização, surge o confronto, mas somente a polícia é truculenta. Se uma comunidade resolve bloquear uma via pública, por qualquer reivindicação, a polícia tenta impedir a ocorrência ou negociar uma abertura para o tráfego, iniciam-se reciprocidades de ofensas, mas somente a polícia é truculenta.

Agir com brutalidade, contra cidadãos desarmados e indefesos, é crime de responsabilidade dos comandos. Infelizmente a força policial não é preparada para o diálogo, para o meio-termo. O cidadão, a comunidade, concordam ou não, conforme as próprias necessidades e interesses. Permanecemos quietos, expomos a nossa indignação reproduzindo jargões de apresentadores jornalísticos da TV: “Um absurdo!”, “Isto é uma vergonha!

 Se existe mobilização, inexiste satisfação. Tal insatisfação ao ser exposta, será sempre contrária as regras escritas, as leis, sempre estará desacatando o estado, que imediatamente, considera a mais simples mobilização, imoral, ilegal ou criminosa. Com isto toda a comunidade diz amém, concorda que os mobilizados sejam criminosos, e dizem repletos de razão: - “Mas é preciso cumprir a lei.” – Quando então, me surgem perguntas: 1. Por quê é lei, é justa? 2. Por quê é lei, todos são contemplados? 3. Por quê é lei, não pode ser modificada?

Devido a um vício do estado, que trabalha a partir de princípios positivistas e liberais, quando não absolutistas, o policial aprende a ser opressor em nome do estado, com a finalidade de manter a ordem e o progresso, permitindo a cada cidadão, “liberdade” para desfrutar dos seus direitos e fazer a sua parte no intrincado quadro social. Aos sujeitos que não se enquadram, bastam algumas palavras de ordens e um “start” do comando para que estes mesmos policiais desencadeiem ação furiosa, contra irmãos que sentem os mesmos problemas que eles, mesmo assim, estão cumprindo ordens legais.

Observemos que ao tentarmos defender direitos, ou cobrá-los, somos sempre violentos, basta que se esgotem as alternativas de diálogo e acordo. Foi inclusive por este tipo de comportamento que Trotsky tornou-se inimigo mortal de Stalin. Reclamar que manifestantes estão portando armas e expondo-as, é mais do que necessário, pois é ato de grande irresponsabilidade, falta de estrutura do comando grevista que não é hábil o suficiente para controlar a ira, a indignação e revolta reprimidas dos seus associados.

Vai além do estrutural, a forma como estes homens e mulheres se comportam, são treinados para cumprir ordens dentro de uma hierarquia. Observemos as abelhas, ao perderem a sua rainha, desorientam-se, descontrola-se, morrem. Quer dizer, ao sentirem-se fora da tutela do próprio comando e do estado, aterrorizam-se, pois descobrem que estão por conta própria. A partir deste ponto, os sentimentos represados de opressão e as carências cotidianas, extravasam-se neste lapso de liberdade.

Temos direito a proteção plena do estado, qual tem o dever de fomentar e manter políticas que satisfaçam as necessidades essenciais de cada um de nós. Se existem movimentos em luta, é porque o estado não esta cumprindo com o seu papel, e toda a responsabilidade deve ser direcionada ao estado. O governo por sua vez, falha em não ser capaz de negociar com o comando grevista, que visivelmente, tem a missão acortinada de promover a desestabilização política e enfraquece-lo moralmente diante da população.

O policial militar é trabalhador, assim como outro qualquer, a população precisa de paz, cabe inteiramente ao estado a finalização da pendenga, com um acordo que satisfaça minimamente os anseios da categoria. É preciso também que estes profissionais sejam incluídos em programas de valorização, precisamos de uma Polícia Militar mais humana.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado

"Se você fabrica miséria,
você e seus filhos serão
engolidos pelos miseráveis."
 (Wilson Aragão)

 O caso Pinheirinho é mais uma grande mancha, uma grande ferida impingida aos direitos humanos em nosso país, se você não é meritocráta, neoliberal ou fascista, deve estar indignado, certamente deve estar absorvendo em si a dor daquelas pessoas, se tudo lhe passa indiferentemente, e você considera que pobre é pobre porque quer, que moram em periferias por que não se esforçam, sinto muito dizer, mas você também esta empunhando os cassetetes e ajudando a puxar os gatilhos das armas dos opressores, num aparato militaresco e repressivo, que tem a única finalidade de defender a sublimidade do capital. Se você não se indigna, não reage, não pense que estará protegido, amanhã, por qualquer motivo que ponha em risco o capital, se você estiver no meio do caminho, será atropelado como aqueles moradores do Pinheirinho. É nesta hora que percebe-se por quais caminhos a democracia trilha, sim, uma democracia de faz de conta, que visa somente a representatividade pelo voto, e o poder absolutista. Enquanto alimentação, educação, moradia e saúde, somente para citar o mais essencial, jamais ocorrerá para todos, tudo isso acontece por causa do nosso silêncio e do comodismo que a representatividade oferece ao cidadão, que pode se opor, propor, buscar nova forma de ação, mas não faz nada disso. Se não somos ação, se não somos reação, não adianta reclamar as dores da coação.

 

sábado, 3 de setembro de 2011

Pensamento, uma amostra do clássico e do popular

Rousseau,Jean-Jacques, in Discurso Sobre a Origem da Desigualdade, 1753
"Se eu tivesse de escolher o lugar do meu nascimento, teria escolhido uma sociedade de grandeza limitada pela extensão das faculdades humanas, isto é, pela possibilidade de ser bem governada, e onde, bastando-se cada qual ao seu mister, ninguém fosse constrangido a atribuir a outros as funções de que estivesse encarregado; um Estado em que, todos os particulares se conhecendo entre si, nem as manobras obscuras do vício, nem a modéstia da virtude pudessem subtrair-se aos olhares e ao julgamento do público, e em que esse doce hábito de se ver e de se conhecer fizesse do amor da pátria o amor dos cidadãos, em vez do da terra."


Capim Guiné  A Historia Contada e Cantada (Raul Seixas/Wilson Aragão)


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Revista Artpoesia - Edição 94 Jul/Ago 2011


Movimento Cultural Artpoesia
 A Poesia Existe, Resiste e Insiste
Avançando no tempo e buscando uma marca histórica na Literatura Brasileira, o Movimento Cultural Artpoesia traz ao fiel leitor a edição nº 94 da nossa Revista Cultural, sempre com as seções preferidas e almejadas pelos que gostam de viver e absorver a aura literária que nossas páginas exalam.
Trazendo novamente a poesia romântico-modernista de Manuel Bandeira, mostrando toda a sensibilidade do poeta pernambucano, um dos artífices da Semana da Arte Moderna de 1922, bastante enfocada nesta edição.
Seguindo a mesma linha, nosso poetas contemporâneos estão a todo vapor, aliás, à toda Letra, com seus arroubos líricos ou com seus reclames sociais, continuam firmes tocando nosso movimento, levando ao Brasil, ao Mundo a velha forma de se fazer Literatura, que é na base do cooperativismo – sempre em busca de apoio, de patrocínio – coisa que nunca chega.
Mas vamos em frente. O importante é este elo entre o escritor, o colaborador e o leitor, fazendo a Poesia acontecer sempre, renovada a cada edição publicada. Isto porque ela Existe, Resiste, e Insiste!
Rev. 94 - Editorial – Carlos Alberto Barreto, poeta e escritor

“Duas vezes se morre:
Primeiro na carne, depois no nome.
Os nomes, embora mais resistentes do que a carne, rendem-se ao poder destruidor do tempo, como as lápides.” Manuel Bandeira
 

Mulheres
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

És linda como uma história da carochinha...
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau)

Colabore publicando
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Projeto Fala Escritor: 2 anos de atividades literárias

Cymar Gaivota, Valdeck Almeida de Jesus, Fau Ferreira, Renata Rimet, Carlos Souza, Pinho Sannasc e Leandro de Assis

No mês do centenário de nascimento de Jorge Amado o Fala Escritor aniversaria e homenageia o grande ícone da Literatura Universal.

Na edição especial de segundo aniversário Inaê e Luiz Miranda se apresentam. Vai ter lançamento de livro, recital poético e a voz melodiosa da musa baiana Iara Castro e violão, para o deleite da plateia.

O mês de agosto é mágico para o Projeto Fala Escritor. São dois anos promovendo a poesia, o livro e os escritores baianos. Muita água rolou, muitos poetas e poetisas participaram das apresentações e encantaram a plateia com a magia da palavra e das performances poéticas. Tudo aliado a boa música, palestras relativas ao mundo literário, lançamentos de livros e muita amizade. E por falar em aniversário, Jorge Amado completaria 99 anos em 10 de agosto de 2011. A edição do Fala Escritor homenageia o grande artista da palavra Jorge, sempre Jorge!

Desde o começo o Fala Escritor é sucesso, não só devido à grande demanda por espaços onde se possa expressar o pensamento poético, fazer intercâmbio de informações, declamar ou simplesmente ler os escritos tirados das gavetas. Outro fator importante para o crescimento do projeto é a união da equipe que coordena o Fala Escritor, bem como a presença maciça de poetas comprometidos com a literatura.

A parceria da Livraria Saraiva, cedendo gratuitamente o espaço e apoiando na divulgação, conta muitos pontos e dá credibilidade ao trabalho. Numa comunhão de esforços dos poetas, escritores, jornalistas, administradores, historiadores e filósofos nesta empreitada, quem ganha é a Bahia, pois é através de iniciativas singulares como esta que a arte ganha vida, a autoestima dos participantes se eleva e a poesia flui por todos os lados.

Além do merecido “parabéns pra você” à equipe, plateia e convidados, o Fala Escritor de aniversário traz: Iara Castro, parceira já consagrada na música baiana; O quadro “Quem é o Escritor (a)” com duas estrelas da poesia soteropolitana: Inaê, com apresentação de sua vida literária, poética e teatral e Luiz Miranda, amigo do projeto e assíduo frequentador, cujas poesias fazem suspirar até os menos sensíveis. Para completar, Terezinha Teixeira Santos lança o livro “As dores da seca”, romance que retrata nuances, hábitos e costumes do sertanejo, narrando a história de retirantes da seca de 1939.

O Projeto Fala Escritor começou com a iniciativa do historiador Leandro de Assis em parceria com os jornalistas Valdeck Almeida de Jesus e Carlos Souza, a blogueira Delirium, a filósofa Fau Ferreira, o sindicalista e cientista social Grigório Rocha e a administradora e estudante de letras Renata Rimet. No primeiro ano eles realizaram dez edições comuns do Fala Escritor e uma edição especial no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador, levaram o projeto ao Fórum Social Mundial Temático – Bahia, lançaram o livro Fala Escritor em Prosa e Poesia, e promoveram o lançamento de mais 21 livros de diversos autores, além de abrir espaço para poetas e poetisas recitarem seus poemas. Atualmente a equipe é composta por Carlos Souza, Cymar Gaivota, Fau Ferreira, Leandro de Assis, Pinho Sannasc, Renata Rimet e Valdeck Almeida de Jesus.

Serviço:
O que: Fala Escritor – Edição especial de segundo aniversário
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi
Quando: Dia 13 de agosto (sábado) a partir das 18h
Entrada: Grátis
Informações: (71) 8805-4708 / 8831-2888 / 8122-7231
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