terça-feira, 29 de junho de 2010

Raça de torcedor

Vivemos um momento interessantíssimo e repetitivo na vida do povo brasileiro, de um lado o Mundial de Futebol, do outro os preparativos, quase canibalescos, para as próximas eleições. Mais parece ”Déjà vu”, que vida real. Como negar que já vimos tal situação anteriormente?
Minha percepção de brasileiro e patriota, não consegue absorver e entranhar o termo, "pátria de chuteiras".
Há muito deixei de ser torcedor, mal acompanho campeonatos de futebol, ou sei quem é o jogador mais caro, embora continue gostando muito, pela própria arte e distração, até conheço bem as regras, sei que se o juiz não viu, não ocorreu.
Vemos em todos os lugares, as pessoas torcendo pela seleção brasileira, como se aqueles fossem os representantes legítimos do nosso povo, quais nos darão a redenção e a liberdade, na forma de gols e um lindo troféu. Fico então a confabular, nosso país e a nossa seleção de futebol, são as mesmas coisas?
Assim, nos registramos na história como eternos torcedores, no futebol - torcemos pelos nossos craques e times, na novela - torcemos pelo mocinho e pelo casal sofredor, na política - torcemos por quem melhor enfeita as nossas ilusões. Abolimos o senso crítico e adotamos a emoção.
Separando as coisas, deveríamos estar lutando por um Brasil melhor, sem diferenças estúpidas, onde medidas técnicas e legais, em nada diminuem as distâncias existentes entre uma seleção de futebol milionária, e a grave pobreza que aplaca a maioria dos cidadãos torcedores, que também são eleitores?
Estamos preocupados com os informes sobre o campeonato, e as picuinhas medíocres entre uma rede de televisão que perdeu algum espaço, chegando ao ponto de cortar uma reportagem sobre calamidades no nordeste, para mostrar a comoção corporativista de um grupo de jornalistas que defendem somente o patrão e os índices de audiência, em detrimento da informação imparcial e necessária.
É bastante óbvio, que tudo isto está ocorrendo, somente porque o técnico da seleção convocou quem bem quis e entendeu, e proibiu o acesso também, de quem bem quis e entendeu. Deve ter contrariado alguns coronéis.
Ora, não sabemos o que acontece nos bastidores, até mesmo porque quem faz o espaço, são os mesmos que nos trazem as notícias. Haverá nisso tudo alguma relação com perda de patrocínio e numerário?
Somos unidos pelo futebol brasileiro, no entanto somos controversos quanto a nossa cidadania. Agimos pouco para diminuir a violência urbana, não conseguimos fazer mudar as condições dos pobres e desfavorecidos, não somos capazes de provocar a contento, políticas públicas que possam favorecer os habitantes das áreas de risco, como nos locais onde ocorrem enchentes rotineiramente, e lançam os fiéis torcedores para além da linha da pobreza.
Enquanto somos politicamente emocionais e torcedores, os craques da política continuam a fazer suas alianças e conchavos, direcionados apenas aos interesses do poder. Eles também vestem verde e amarelo.
Então continuo a pensar, até quando seremos estes torcedores de caras pintadas? Quando passaremos a lutar por um país melhor?
Não deixemos de torcer por este Brasil que corre atrás da bola, mas o Brasil de verdade clama por nossa mobilização. Tal e qual na copa.
 

 Pra frente Brasil. Rumo ao Hexa!
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sábado, 12 de junho de 2010

Conselhos



Há um tempo de conflito
e a viagem é tremenda
Escolhe os destinos,
mas cuidado com a liberdade
O mundo é um labirinto
Nunca esperes trilhas douradas,
elas são só pura lenda
Os caminhos por andar
e dos destinos de verdade
Estão marcados,
não te iludas,
na fechada agenda
Toma cuidado com os sonhos
e segue a realidade
Atento às lonas de parada,
pois há perigo em cada tenda
Facilita não aos desconhecidos,
não há cara na maldade
Deves recusar ajuda fácil
e viver só com tua renda
Acredita no poeta
que também viajou
na sua latejante puberdade
Volta logo a teu lugar
reencontra tua contenda
Chegando ao leito da jornada,
Dorme noite de paz
Porque sem perceber
terás já feita a tua idade.

Esta é uma poesia de meu amigo poeta Ivan Cezar, gostei muito, resolvi trazer para cá.
http://ivancezar.blogspot.com/
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que é biodiversidade?



O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.

Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.

A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.

A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas.

Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.

Quantas espécies existem no mundo?
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.

Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.

Quais as principais ameaças à biodiversidade?
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.

A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.

A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.

A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.

A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.

A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.

O que é a Convenção da Biodiversidade?
A Convenção da Diversidade Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.

O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.

Contudo, ainda não está claro como a Convenção sobre a Diversidade deverá ser implementada. A destruição de florestas, por exemplo, cresce em níveis alarmantes.

Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.

O WWF-Brasil e sua rede internacional acompanham os desdobramentos dessa Convenção desde sua origem. Além de participar das negociações da Conferência, a organização desenvolve ações paralelas como debates, publicações ou exposições. Em 2006, a reunião ocorreu em Curitiba, PR.

Texto extraído de:
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biodiversidade/
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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Conversa de Elevador

Sobe?

Sobe

Sobe?

Desce

Desce?

Desce

Desce?

Sobe

Subiiiiiiinu

Desceennnnoo

Vai prá ondi?...

Este é somente um post apressado de quem esta sindo em viagem, volto na próxima semana.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Brincando com o Tempo



BRINCANDO COM O TEMPO
Almirante Águia

Muitos querem comprar tempo
Embora creia-se por costume
Que tempo dinheiro seja
Um paradoxo ai existe
Como pode algo ser outro
Sendo pago por este mesmo?

Precisamos de tempo real
Não serve cartão com chip
Mesmo cheque especial
Deve ser em espécie corrente
Utilizado ao livre-arbítrio
Com liberdade ou sem ideal.

Tempo para coisas importantes
Como se largar torto na cama
Fazer guerra de travesseiros
Acompanhar voo de abelha
Apreciá-la fazendo o mel
Ir a feira sem querer nada
Olhar rostos e cumprimentar.

Tempo deve ser bem escolhido
Precisa estar certo no ponto
Seja vago ou de tribulação
Mesmo em fase de maturação
Desfrutemos com viço e vício
Da forma que melhor satisfizer
Ter vida plena desde o início.

Quanto ao tempo perdido
Já dizem os mais sabidos
Sobre o leite derramado
Não deve haver choradeira
Pois todo leite por origem
Se na teta não for mamado
Chorado é na ordenhadeira.

Muitos fecham as janelas
De mau humor com o passado
Chorando o tempo perdido
Outro adágio popular
Ensinamento dos mais empíricos
Tudo vem no tempo certo
Se por ventura não atrasar.
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sábado, 8 de maio de 2010

Minhas Mães



Minha Mãe
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

Vinícius de Moraes
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Forrest Gump










Forrest Gump - O Contador de Histórias
EUA, 1994
Sinopse - Wikipedia




Todo homem deveria ser bom
Assim, de forma simples
Sem provocar no mundo mazelas
Porque se todos fossem assim
Não existiriam querelas

Toda palavra deveria ser uma
Assim, sem sinônimos ou homônimos
Porque se fosse assim
Seria mais fácil manter um diálogo
Sem dúvidas ou estratégias

Todo Vietnã não deveria ser guerra
Assim, um lugar para ficar nas férias
Porque se fosse assim
Filhos e mães não chorariam
Sonhos que cairiam por terra

Toda educação deveria ser verdadeira
Assim, com respeito e igualdade
Porque se fosse assim
Entenderíamos o que é pluralidade
Viveríamos de fato a nossa humanidade

Todo premio deveria ser por humildade
Assim, sem veleidades ou vaidades
Porque se fosse assim
Se beneficiaria toda a sociedade
Seríamos irmandade e fraternidade

Toda pessoa deveria ouvir a si mesma
Assim, como de fosse o outro
Porque se fosse assim
Evitaríamos a ira e o distanciamento
Seria a nossa obrigação dar alento

Todo amigo deveria falar menos
Assim, observando e entendendo
Porque se fosse assim
Aprenderíamos mais a todo momento
Ninguém declararia vans julgamentos

Toda liberdade deveria ser plena
Assim, sem a ditadora democracia
Porque se fosse assim
Não persistiriam medidas hipócritas
Não teria sentido o verbete déspota

Toda a vida deveria ser mais simples
Assim, sem o fútil e o desnecessário
Porque se fosse assim
Teríamos maior tempo para o amor
Teríamos tudo
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sexta-feira, 30 de abril de 2010

LOST, estamos chegando ao fim

Este post é uma homenagem a série que tanto gosto, me esforçando ao máximo para assisti-la nas madrugadas de quarta-feira, posso dizer que sou um dos viciados em Lost, porém terei que entrar em abstinência a partir do dia 23 de maio quando ocorrerá o episódio final “The End”. Aviso aos fãns mais fervorosos que não tenho intenção nenhuma de explicar a série, apenas transmito um pouco da minha percepção com relação ao aspecto convivência. Coisas como eletromagnetismo e viagem no tempo, assim como as referências históricas, religiosas e filosóficas, ficarão para o futuro, ou nunca mais.


LOST, estamos chegando ao fim
Lost é uma série televisiva norte-americana de drama e aventura, que começa com o acidente de um avião, que viajava de Sidney, Austrália, com destino a Los Angeles, EUA, caindo em uma misteriosa ilha tropical do Oceano Pacífico. A série tem um estilo único, contando duas histórias aparentemente não ligadas entre si. Estas histórias vão se equalizando aos poucos enquanto vamos entendendo melhor as atitudes e o comportamento de cada um dos protagonistas.

Em primeiro plano temos a saga dos 48 sobreviventes do desastre lutando pela própria salvação ou de todo o grupo, existem ainda, os obstáculos da convivência com estranhos, além de terem que enfrentar seus próprios medos, há os horrores gerados pelas misteriosas adversidades da ilha. No segundo plano, são mostrados os principais fatos das vidas destas pessoas antes do embarque no vôo 815 da Oceanic Air Lines, por meio de flashbacks pessoais. A série foi criada por Jeffrey Lieber, JJ Abrams e Damon Lindelof, sendo filmada Oahu, Havaí.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ecos Castroalvianos - Lançamento

A Poesia, Existe, Resiste e Insiste!
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Castro Alves
Poeta: 1847 – 1871
1847: A 14 de Março, na fazenda Cabaceiras, perto de Curralinho, Bahia, Brasil, nasce António Frederico de Castro Alves... Continue lendo em Vidas Lusofonas
 
Artpoesia
O Movimento Cultural Artpoesia já editou, nos últimos 10 anos, 85 edições originais da revista Artpoesia, totalizando 800.000 exemplares em circulação, atingindo um público aproximado de 4.000.000 (quatro milhões) de leitores. No meio popular e acadêmico freqüentou cerca de 600 escolas da rede pública e privada, através da realização do Circuito de Arte e Literatura nas Escolas. Foram descobertos e revelados mais de 750 novos talentos (poetas e contistas) evidenciando este veículo de intercâmbio cultural como elemento de difusão e incentivo da leitura da poesia e da prosa.
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domingo, 28 de março de 2010

MEU PAI, UM HOMEM DE FÉ

Para Almir Fonseca Ramos, que nesta data completaria 72 anos de idade. 28/03/1938 †28/05/1994

FELIZ ANIVERSÁRIO

Músicas:
Guerreiro Menino/Fagner
Marvin/Titãns
Como Nossos Pais/Elis Regina


Preciso falar sobre meu pai, figura marcante e marcada em minha vida, um homem sem igual, quixote tupiniquim, filho deste país, pessoa normal nascida no sertão nordestino.  Possuidor de uma chama sublime de um Ser Tao, sim uma pessoa zen, repleta de fé em muitos santos, São João, São José, São Sebastião, estes eram os principais, Anjo da Guarda sempre esteve presente num grande quadro adquirido em uma feira. Um homem de fé que representou muito bem a religiosidade do brasileiro comum, sendo católico batizado e devoto, foi também chefe de terreiro.

Papai sempre foi uma figura enigmática de um carisma forte, que nos confundia com as suas crenças, acreditava no militarismo, era fã de Getúlio Vargas pela verve trabalhista e populista, o que gerou muita discussão dentro de casa, quando eu falava que a Previdência e o FGTS com o tempo se estagnariam. Fui taxado de “burro”, passei a ser um filho ruim, por defender que no Rio de Janeiro, não cabia uma capital federal, coisa que pouco importava, até mesmo porque Brasília já existia há mais de vinte anos. Tínhamos opiniões divergentes.

Jorge Amado e Lamarca não mereciam comentários, citava sempre Carlos Lacerda e Assis Chateaubriand. De alguma forma identificava-se com os anos de chumbo e os governos militares, sem jamais se sentir reprimido. Vivia a própria vida e acreditava que o país estava sempre em crescimento, fez parte da Arena – Aliança Renovadora Nacional, partido hoje dividido em diversas outras siglas. Atuou como secretário na associação de moradores do bairro onde crescemos na cidade de São Paulo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

HISTORINHAS PARA DORMIR

Esta é uma das historinhas que inventei aqui em casa, não sei se é boa de verdade ou se as crianças que são ótimas, mas é fantástico ver cada olhinho atento esperando o desenrolar dos fatos, melhor ainda é ouvir os pedidos de “conta de novo”, então quando minha bebezinha de cinco anos pediu que eu escrevesse, querendo levar para a escola, a fim de que a professora lesse para os coleguinhas, resolvi fazer este post, que serve também para reativar este blog abandonado. Não posso desperdiçar uma fã tão importante que tenta me divulgar, além de aprimorar minha criatividade, tenho a chance de aprender a contar histórias para estes pequenos botões que devem aflorar embelezando o mundo.
Salve a infância
Namastê

Historinhas para dormir
Tio Dodô é um adolescente legal, que a noite conta historinhas para seus dois pequeninos sobrinhos, Bibi e Cadu.
Bibi é uma linda menininha que sempre usa trancinhas e adora suas bonecas, Cadu é um menino um pouquinho maior que Bibi, ele gosta de usar um chapéu de marinheiro e brinca muito com soldadinhos de barro que ele mesmo aprendeu a fazer.
Quase todas as noites, Tio Dodô conta histórias antes de Bibi e Cadu irem dormir, muitas das vezes são historinhas boas que fazem as crianças sonharem, porém noutras noites, ele conta umas histórias feias, com coisas de horror.
Quando a historinha é feia, Cadu e Bibi sempre ficam assustados e pedem para deixar a luz do quarto acesa, Tio Dodô rir-se muito, mas atende as crianças.
Enquanto Dodô conta as suas histórias, Vó Vani, esta sempre por perto e alerta seu filho para que não exagere, pois não deve assustar as crianças, e explica que elas gostam de fábulas e historinhas de príncipes e princesas em seus castelos.
Dodô nem sempre atende a sua mãe e insiste em contar histórias de Bicho-Papão, Mula sem cabeça e fantasmas. Embora já soubesse que as crianças ficavam sempre muito assustadas.
Então numa noite, a historinha tinha sido muito feia, todos foram dormir assustados, as luzes da casa foram apagadas, as crianças pediram para deixar acesa a luz do quarto e a do corredor também.
Dodô, achando que não haveria problemas, assim que as crianças dormiram, resolveu apagar todas as luzes da casa. A noite ia crescendo e no comecinho da madrugada, em meio ao total silêncio, ouviram-se os gritos e o choro das crianças. Cadu e Bibi acordaram apavorados, dizendo que havia um monstro no quarto.
D. Vani levantou-se sonolenta e assustada e foi correndo ajudar as crianças, depois entrou no quarto de Dodô, este nem se moveu em sua cama, então Vó Vani tentou acordá-lo, sem nenhum sucesso, seu filho nem ligou para ela, mesmo após ter sido chamado pelo nome, empurrado e cutucado nas costelas... Continuou a dormir seu sono profundo.
A vovó não pensou duas vezes, saiu do quarto, pegou uma vassoura e veio até a cama de Dodô, chamou seu nome e nada, então ela gritou forte para que ele acordasse e se levantasse, disse que ele não deveria ter assustado as crianças, que estavam acordadas e apavoradas.
Vovó deu muitas broncas em Dodô e explicou que era responsabilidade dele cuidar das crianças até que elas se tranquilizassem e voltassem a dormir, depois falou que iria para a cama, pois estava muito cansada.
Quando Dodô resmungou qualquer coisa ela disse que se ele não cuidasse das crianças até que elas dormissem, daria com o cabo da vassoura três vezes na cabeça dele, para que ele passasse a noite ouvindo os galos a cantar.
Assim, Dodô passou a madrugada contando novas historinhas bonitinhas para seus dois sobrinhos, estes só conseguiram dormir depois de muitos príncipes, princesas e bichinhos encantados.
Após aquela noite, Dodô nunca tem certeza se está ouvindo os galos a cantar pelo terreiro, ou se é a sua cabeça que dói, só de pensar nas vassouradas que poderia ter levado.
Historinhas de terror, nunca mais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Blogagem Coletiva - BAD - Alterações Climáticas

Gente, aqui esta a minha colaboração para nossa blogagem coletiva
dentro da proposta do Blog Action Day, gostaria de ter feito esta publicação
logo pós a zero hora, mas uma canseira de trabalho, jogou-me na cama cedo,
e somemte pude terminar o texto, quase agora.

EFEITO ANTROPOGÊNICO

A atividade humana em nosso planeta vem fazendo acelerar fenômenos que poderíamos aguardar séculos até que viessem ocorrer, geleiras que durariam mais cem anos estão se desfazendo aceleradamente, a cadeia alimentar está se esfacelando, o mapa agrícola está se alterando, culturas e cultivares mudam de lugar, outras não suportarão a concorrência, tantas são as plantas novatas e invasoras que se proliferam, devido as alterações do clima e do solo, os mares estão ganhando território avançando sobre os continentes, etc., etc.

O Homem se colocou durante muito tempo no topo da pirâmide da evolução, na sua inteligência definiu haver Reinos – Animal, Vegetal, Mineral – por ser racional se intitulou Senhor Absoluto, defendeu o usufruto, o poder do capital, o que não pagou, tomou com a espada, o que não pode tomar, destruiu. Acreditou nas regras que criou e declarou que somente é possível viver se for possível ter.

Com grande prepotência, quando se viu “iluminado” pela força das próprias invenções, passou a criar máquinas cada vez mais poderosas com engrenagens sempre mais complexas capazes de produzir o capital em estado puro. Com isso, delegou a poucos o controle destas técnicas, por fim desenvolveu formas intrincadas de relacionamento para classificar quem deveria se posicionar da base ao topo de uma grandiosa pirâmide, para fazer funcionar e sustentar o sistema desenvolvido.

Faltou a estes senhores, observar que tudo a sua volta possui fundamental e essencial ligação, com elos que não podem ser separados, sendo assim não se elaborou planos de contingências ou rotas de fugas, uma vez que estavam muito envolvidos nas tarefas de dominação, não puderam perceber que a vida funciona como um gigantesco Plano de Auxílio Mútuo e, continuadamente estavam ocupados em criar novos métodos para ampliação da base piramidal.

A grande pirâmide está ruindo aos poucos, seus criadores já perceberam que toda a sua estruturação não respeitou critérios tão necessários a manutenção da vida, quem está no topo cairá, quem está na base será esmagado, antes mesmo que descubramos uma possível solução. Não há mais tempo para retornos, o que se pode fazer é adaptar. Os custos já se evidenciam elevados, não caberá rolagem ou calote, o pagamento é compulsório, de agora em diante a palavra é mitigação.

O desenvolvimento material e estrutural é compulsivo, sina da raça humana, a última grande crise econômica, por exemplo, acertou em cheio a indústria automobilística, grande sinal de ordem natural, pois o automóvel é um dos grandes ícones da revolução industrial, que faz movimentar e movimenta toda uma cadeia de processos produtivos que envolvem a degradação de todos os recursos naturais necessários para a geração e manutenção dos itens de conforto que nós, "civilizados e modernos", nos habituamos a ter e a desejar.

Neste sentido, somente para dar um exemplo, a Grande Alma do Universo deu uma enorme cacetada na indústria do automóvel, talvez tentando nos obrigar a refletir mais profundamente, buscando mudanças de atitudes que possam melhorar as coisas. No entanto, o capital mais uma vez, tenta socorrer o capital, que continua no seu firme papel desenfreado rumo ao próprio suicídio, sendo forte auxiliar para o extermínio de tudo o que está a sua volta.

Devemos lutar por um planeta mais agradável, mais limpo, com ar respirável e água limpa para o consumo, não se deve descartar a utilização de tudo o que se conquistou com o avanço industrial e tecnológico, porém devemos redirecionar todo o conhecimento adquirido até aqui, para que sejam desenvolvidos e implementados novos métodos de utilização e conservação dos recursos naturais. A formação do cidadão deve primar por novas posturas em relação ao ambiente, falta-nos a reaproximação, precisamos restabelecer a ligação Homem-Natureza, pois até então, a sobrevivência no mundo contemporâneo tem estado dissociada – O Homem se acha um, entendendo a Natureza como outra.

O planeta pede socorro, ou seja, nós pedimos socorro. Estamos em perigo...


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Homenagem - Rádio Comunitária Rosário FM





RÁDIO ROSÁRIO FM - 13 ANOS
Itaberaba/BA

A RÁDIO COMUNITÁRIA
É FEITA PELO POVO
CADA QUAL COM A SUA SINA

PARTICIPAÇÃO E CIDADÂNIA
CAIXA DE RESSONÂNCIA
DA VERDADE E DA ALEGRIA

NOSSA RÁDIO EDUCA E ENSINA
NADA OCORRE DE IMPRÓPRIO
OUVE A AVÓ E A MENINA

RÁDIO FEITA POR QUEM OUVE
POR QUEM AGE E MULTIPLICA
A BOA FALA QUE EDIFICA

TEM TRABALHO SOCIAL
AGREGANDO DOADORES
ATENDENDO A QUEM SUPLICA

VEM NA PRATICA E DISCIPLINA
PREPARANDO OS SEUS ATORES
APOIO TÉCNICO E LOCUTORES

NOSSA RÁDIO É QUEBRA MAR
A ENERGIA DAS ONDAS
É O QUE NOS DEIXA NO AR

VENCENDO TODO OBSTÁCULO
A PICADA VIROU TRILHA
É UMA GRANDE ESTRADA

PELOS ARES DE ITABERABA
A FREQUENCIA MODULADA
SEGUE ALÉM DAS NOSSAS SERRAS

GANHA OUVINTES EM TODO O MUNDO
NOS MAIS DISTANTES RINCÕES
ACARICIA OS FILHOS DESTA TERRA

MAGIA DA TECNOLOGIA
ATRAVÉS DA INTERNET
CIRCULANDO INFORMAÇÃO

JOVEM ROSÁRIO FM - 13 ANOS
SONHANDO EM DEBUTAR
ESTA VEIO PARA FICAR.



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