terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

OPINIÃO: Greve, Polícia Militar e Sociedade

A greve da força policial na Bahia é uma opção danosa para a sociedade, coloca em risco o patrimônio público e privado, põe em risco as pessoas que por algum motivo, se reconhecem como pessoas comuns, embora a minha percepção não consiga vislumbrar quem seja comum ou incomum, possa ser que exista alguma explicação freudiana ou kafkaniana sobre o assunto.

Mas isto não importa, as pessoas não estão muito incomodadas com a questão salarial da PM, estão incomodadas com a quebra das suas rotinas, algumas sentindo falta do ar frio e bacteriano dos escritórios, dos engarrafamentos e do pão abaixo do peso na padaria da esquina. O direito particular de ir e vir esta sendo conspurcado devido falta de “consciência” de uma categoria “essencial’ ao controle da ordem social, que reivindica melhores condições de trabalho e vida.

A impressão que se tem, é que antes deste movimento grevista ocorrer, não existiam barbaridades e violências domésticas ou urbanas, com crimes hediondos e atrozes, tudo começou com a deflagração da paralização. Tais fatos, demonstram a cada cidadão a importância das forças de segurança pública. Com elas é ruim, sem elas é pior. Então cada qual deve desgarrar-se dos seus interesses momentaneamente, passando a apoiar o movimento para que tudo seja reestabelecido e as rotinas retornem ao tradicional.

Qualquer greve pode ser considerada crime, de acordo com ponto de vista jurídico e princípios legais, sem que esqueçamos, os interesses do estado. Ao mesmo tempo, os salários podem ser legais, por estarem determinados e registrados em algum papiro com a chancela do estado, mas será sempre imoral, quando não atende necessidades básicas e interesses do trabalhador, inclusive o policial, sendo este, o ponto de vista humano e social.

Direitos de cada um e direitos humanos resguardados ou não, e desconsiderando a desigualdade das forças, quando ocorre uma mobilização de estudantes, estes quebram vidraças, depredam estátuas, sendo sempre, obra de algum exaltado, baderneiro ou infiltrado, que ao agir elimina o elemento pacífico da mobilização, surge o confronto, mas somente a polícia é truculenta. Se uma comunidade resolve bloquear uma via pública, por qualquer reivindicação, a polícia tenta impedir a ocorrência ou negociar uma abertura para o tráfego, iniciam-se reciprocidades de ofensas, mas somente a polícia é truculenta.

Agir com brutalidade, contra cidadãos desarmados e indefesos, é crime de responsabilidade dos comandos. Infelizmente a força policial não é preparada para o diálogo, para o meio-termo. O cidadão, a comunidade, concordam ou não, conforme as próprias necessidades e interesses. Permanecemos quietos, expomos a nossa indignação reproduzindo jargões de apresentadores jornalísticos da TV: “Um absurdo!”, “Isto é uma vergonha!

 Se existe mobilização, inexiste satisfação. Tal insatisfação ao ser exposta, será sempre contrária as regras escritas, as leis, sempre estará desacatando o estado, que imediatamente, considera a mais simples mobilização, imoral, ilegal ou criminosa. Com isto toda a comunidade diz amém, concorda que os mobilizados sejam criminosos, e dizem repletos de razão: - “Mas é preciso cumprir a lei.” – Quando então, me surgem perguntas: 1. Por quê é lei, é justa? 2. Por quê é lei, todos são contemplados? 3. Por quê é lei, não pode ser modificada?

Devido a um vício do estado, que trabalha a partir de princípios positivistas e liberais, quando não absolutistas, o policial aprende a ser opressor em nome do estado, com a finalidade de manter a ordem e o progresso, permitindo a cada cidadão, “liberdade” para desfrutar dos seus direitos e fazer a sua parte no intrincado quadro social. Aos sujeitos que não se enquadram, bastam algumas palavras de ordens e um “start” do comando para que estes mesmos policiais desencadeiem ação furiosa, contra irmãos que sentem os mesmos problemas que eles, mesmo assim, estão cumprindo ordens legais.

Observemos que ao tentarmos defender direitos, ou cobrá-los, somos sempre violentos, basta que se esgotem as alternativas de diálogo e acordo. Foi inclusive por este tipo de comportamento que Trotsky tornou-se inimigo mortal de Stalin. Reclamar que manifestantes estão portando armas e expondo-as, é mais do que necessário, pois é ato de grande irresponsabilidade, falta de estrutura do comando grevista que não é hábil o suficiente para controlar a ira, a indignação e revolta reprimidas dos seus associados.

Vai além do estrutural, a forma como estes homens e mulheres se comportam, são treinados para cumprir ordens dentro de uma hierarquia. Observemos as abelhas, ao perderem a sua rainha, desorientam-se, descontrola-se, morrem. Quer dizer, ao sentirem-se fora da tutela do próprio comando e do estado, aterrorizam-se, pois descobrem que estão por conta própria. A partir deste ponto, os sentimentos represados de opressão e as carências cotidianas, extravasam-se neste lapso de liberdade.

Temos direito a proteção plena do estado, qual tem o dever de fomentar e manter políticas que satisfaçam as necessidades essenciais de cada um de nós. Se existem movimentos em luta, é porque o estado não esta cumprindo com o seu papel, e toda a responsabilidade deve ser direcionada ao estado. O governo por sua vez, falha em não ser capaz de negociar com o comando grevista, que visivelmente, tem a missão acortinada de promover a desestabilização política e enfraquece-lo moralmente diante da população.

O policial militar é trabalhador, assim como outro qualquer, a população precisa de paz, cabe inteiramente ao estado a finalização da pendenga, com um acordo que satisfaça minimamente os anseios da categoria. É preciso também que estes profissionais sejam incluídos em programas de valorização, precisamos de uma Polícia Militar mais humana.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado

"Se você fabrica miséria,
você e seus filhos serão
engolidos pelos miseráveis."
 (Wilson Aragão)

 O caso Pinheirinho é mais uma grande mancha, uma grande ferida impingida aos direitos humanos em nosso país, se você não é meritocráta, neoliberal ou fascista, deve estar indignado, certamente deve estar absorvendo em si a dor daquelas pessoas, se tudo lhe passa indiferentemente, e você considera que pobre é pobre porque quer, que moram em periferias por que não se esforçam, sinto muito dizer, mas você também esta empunhando os cassetetes e ajudando a puxar os gatilhos das armas dos opressores, num aparato militaresco e repressivo, que tem a única finalidade de defender a sublimidade do capital. Se você não se indigna, não reage, não pense que estará protegido, amanhã, por qualquer motivo que ponha em risco o capital, se você estiver no meio do caminho, será atropelado como aqueles moradores do Pinheirinho. É nesta hora que percebe-se por quais caminhos a democracia trilha, sim, uma democracia de faz de conta, que visa somente a representatividade pelo voto, e o poder absolutista. Enquanto alimentação, educação, moradia e saúde, somente para citar o mais essencial, jamais ocorrerá para todos, tudo isso acontece por causa do nosso silêncio e do comodismo que a representatividade oferece ao cidadão, que pode se opor, propor, buscar nova forma de ação, mas não faz nada disso. Se não somos ação, se não somos reação, não adianta reclamar as dores da coação.

 

sábado, 3 de setembro de 2011

Pensamento, uma amostra do clássico e do popular

Rousseau,Jean-Jacques, in Discurso Sobre a Origem da Desigualdade, 1753
"Se eu tivesse de escolher o lugar do meu nascimento, teria escolhido uma sociedade de grandeza limitada pela extensão das faculdades humanas, isto é, pela possibilidade de ser bem governada, e onde, bastando-se cada qual ao seu mister, ninguém fosse constrangido a atribuir a outros as funções de que estivesse encarregado; um Estado em que, todos os particulares se conhecendo entre si, nem as manobras obscuras do vício, nem a modéstia da virtude pudessem subtrair-se aos olhares e ao julgamento do público, e em que esse doce hábito de se ver e de se conhecer fizesse do amor da pátria o amor dos cidadãos, em vez do da terra."


Capim Guiné  A Historia Contada e Cantada (Raul Seixas/Wilson Aragão)


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Revista Artpoesia - Edição 94 Jul/Ago 2011


Movimento Cultural Artpoesia
 A Poesia Existe, Resiste e Insiste
Avançando no tempo e buscando uma marca histórica na Literatura Brasileira, o Movimento Cultural Artpoesia traz ao fiel leitor a edição nº 94 da nossa Revista Cultural, sempre com as seções preferidas e almejadas pelos que gostam de viver e absorver a aura literária que nossas páginas exalam.
Trazendo novamente a poesia romântico-modernista de Manuel Bandeira, mostrando toda a sensibilidade do poeta pernambucano, um dos artífices da Semana da Arte Moderna de 1922, bastante enfocada nesta edição.
Seguindo a mesma linha, nosso poetas contemporâneos estão a todo vapor, aliás, à toda Letra, com seus arroubos líricos ou com seus reclames sociais, continuam firmes tocando nosso movimento, levando ao Brasil, ao Mundo a velha forma de se fazer Literatura, que é na base do cooperativismo – sempre em busca de apoio, de patrocínio – coisa que nunca chega.
Mas vamos em frente. O importante é este elo entre o escritor, o colaborador e o leitor, fazendo a Poesia acontecer sempre, renovada a cada edição publicada. Isto porque ela Existe, Resiste, e Insiste!
Rev. 94 - Editorial – Carlos Alberto Barreto, poeta e escritor

“Duas vezes se morre:
Primeiro na carne, depois no nome.
Os nomes, embora mais resistentes do que a carne, rendem-se ao poder destruidor do tempo, como as lápides.” Manuel Bandeira
 

Mulheres
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

És linda como uma história da carochinha...
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau)

Colabore publicando
Adquira a revista
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Projeto Fala Escritor: 2 anos de atividades literárias

Cymar Gaivota, Valdeck Almeida de Jesus, Fau Ferreira, Renata Rimet, Carlos Souza, Pinho Sannasc e Leandro de Assis

No mês do centenário de nascimento de Jorge Amado o Fala Escritor aniversaria e homenageia o grande ícone da Literatura Universal.

Na edição especial de segundo aniversário Inaê e Luiz Miranda se apresentam. Vai ter lançamento de livro, recital poético e a voz melodiosa da musa baiana Iara Castro e violão, para o deleite da plateia.

O mês de agosto é mágico para o Projeto Fala Escritor. São dois anos promovendo a poesia, o livro e os escritores baianos. Muita água rolou, muitos poetas e poetisas participaram das apresentações e encantaram a plateia com a magia da palavra e das performances poéticas. Tudo aliado a boa música, palestras relativas ao mundo literário, lançamentos de livros e muita amizade. E por falar em aniversário, Jorge Amado completaria 99 anos em 10 de agosto de 2011. A edição do Fala Escritor homenageia o grande artista da palavra Jorge, sempre Jorge!

Desde o começo o Fala Escritor é sucesso, não só devido à grande demanda por espaços onde se possa expressar o pensamento poético, fazer intercâmbio de informações, declamar ou simplesmente ler os escritos tirados das gavetas. Outro fator importante para o crescimento do projeto é a união da equipe que coordena o Fala Escritor, bem como a presença maciça de poetas comprometidos com a literatura.

A parceria da Livraria Saraiva, cedendo gratuitamente o espaço e apoiando na divulgação, conta muitos pontos e dá credibilidade ao trabalho. Numa comunhão de esforços dos poetas, escritores, jornalistas, administradores, historiadores e filósofos nesta empreitada, quem ganha é a Bahia, pois é através de iniciativas singulares como esta que a arte ganha vida, a autoestima dos participantes se eleva e a poesia flui por todos os lados.

Além do merecido “parabéns pra você” à equipe, plateia e convidados, o Fala Escritor de aniversário traz: Iara Castro, parceira já consagrada na música baiana; O quadro “Quem é o Escritor (a)” com duas estrelas da poesia soteropolitana: Inaê, com apresentação de sua vida literária, poética e teatral e Luiz Miranda, amigo do projeto e assíduo frequentador, cujas poesias fazem suspirar até os menos sensíveis. Para completar, Terezinha Teixeira Santos lança o livro “As dores da seca”, romance que retrata nuances, hábitos e costumes do sertanejo, narrando a história de retirantes da seca de 1939.

O Projeto Fala Escritor começou com a iniciativa do historiador Leandro de Assis em parceria com os jornalistas Valdeck Almeida de Jesus e Carlos Souza, a blogueira Delirium, a filósofa Fau Ferreira, o sindicalista e cientista social Grigório Rocha e a administradora e estudante de letras Renata Rimet. No primeiro ano eles realizaram dez edições comuns do Fala Escritor e uma edição especial no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador, levaram o projeto ao Fórum Social Mundial Temático – Bahia, lançaram o livro Fala Escritor em Prosa e Poesia, e promoveram o lançamento de mais 21 livros de diversos autores, além de abrir espaço para poetas e poetisas recitarem seus poemas. Atualmente a equipe é composta por Carlos Souza, Cymar Gaivota, Fau Ferreira, Leandro de Assis, Pinho Sannasc, Renata Rimet e Valdeck Almeida de Jesus.

Serviço:
O que: Fala Escritor – Edição especial de segundo aniversário
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi
Quando: Dia 13 de agosto (sábado) a partir das 18h
Entrada: Grátis
Informações: (71) 8805-4708 / 8831-2888 / 8122-7231

domingo, 31 de julho de 2011

João Falcão - Pessoa Histórica da Bahia


Não me falhando a memória, em 1994 fui ao lançamento do livro “Giocondo Dias – a vida de um revolucionário”, na Academia de Letras da Bahia. Lá, na qualidade de "intrujão tentando ser discreto", com meus jeans surrados, invadi um círculo onde estavam uns cinco senhores engravatados juntamente com os seus ternos... Puxei conversa com o autor, João Falcão, que não conhecia. Falei sobre a experiencia e as impressões que o livro “O Partido Comunista que eu conheci”, deixaram em mim. Lembro-me de ter dito que o livro deveria ser utilizado por estudantes, os mais jovens precisavam ser apresentados a uma Cidade do Salvador, uma Bahia mais romântica e repleta de vida.

Tudo isto sob um olhar sério e atento do militante escritor. Confesso que estava incomodado com o silêncio daquele senhor, que apenas havia perguntado o meu nome... Procurava uma forma de sair dali e partir para a degustação do vinho branco e sequilhos que povoavam o salão... Em algum momento disse-lhe que precisava adquirir um exemplar do livro em questão, vez que não havia concluído a leitura por tratar-se de um empréstimo, tendo que devolver ao dono. João Falcão ouvia-me sério, sem esboçar muito sentimento, então, educadamente pediu licença a todos, retirando-se.

Meio sem ter o que fazer naquele meio de gente desconhecida afastei-me do grupo. Minutos depois chega João Falcão com o seu Giocondo Dias, autografado, já com o meu nome. Estava numa pendura miserável, disse-lhe que não poderia pagar. - Não precisa, é presente, disse. Entregou-me um cartão e pediu-me que anotasse o meu telefone e endereço. Nos dias atuais, seria o meu e-mail, mas naqueles dias, eu não sabia direito de que tratava a internet ou correio eletrônico, creio que até hoje não saiba com clareza.

Neste dia, Jorge Amado também se fazia presente, mostrava um ar de cansaço, havia saído de um período de internação hospitalar, mantinha certo afastamento do grupo e permaneceu quieto e silencioso. Assim, o autor de Capitães da Areia modificava os jardins da ALB, sentado em uma cadeira posta de improviso para que pudesse respirar ar mais puro. Tive muita vontade de aproximar-me, puxar assunto, mas hesitei... Deveria tê-lo feito, teria registrado a imagem para a posteridade, mesmo assim estou satisfeito com o aceno que trocamos.
Voltando ao João Falcão, passados uns dois meses, chega em casa pelos correios, um exemplar autografado de “O Partido Comunista que eu conheci”. Lógico que fiquei feliz!... Hoje não tenho nenhum dos dois exemplares, que despachei em empréstimos. Um deles emprestei a uma irmã, o outro a um colega que estudava história, ambos como qualquer ser vivo, algumas vezes tomam destino incerto. Refiro-me aos livros e as pessoas.

João Falcão faleceu em 27/07/2011, aos 92 anos de idade.

O que posso dizer mais: Valeu a Pena! Valeu Tudo!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Livro: Carta ao Presidente - Divulgação


... Vivo neste país desde o século anterior, neste decorrer de tempo, muita coisa mudou a nossa volta, quando nasci o Homem estava pisando a Lua, deixando sua marca na poeira e...
... Ouviu-se muito que em nosso tempo, hoje, muitas doenças estariam extirpadas, estando os tratamentos médicos extremamente...


Deseja continuar esta leitura?

Adquira o livro "Carta ao Presidente - O que deseja o brasileiro no séc. XXI" organizado pelo jornalista Carlos Souza, com a minha participação.

Publicado pela Scortecci Editora – São Paulo, tem a apresentação do professor Germano Machado. A obra é composta por 22 escritores, sendo eles Ildásio Tavares, Antonio Barreto, Valdeck Almeida de Jesus, Roberto Leal, Tássio Revelat, Luiz Carlos Santos Lopes, Leandro de Assis, Leandro Flores, Marilene Oliveira, Domingos Ailton, Caetano Barata, Altair Fonseca Ramos, Grigório Rocha, entre outros.

Na obra, os escritores, através de artigos, cartas, contos, crônicas e poesias, expõem suas idéias com relação aos problemas do Brasil e apontam soluções que poderiam ser adotadas com o intuito de melhorar a vida das pessoas. Os temas tratados são os mais diversos: educação, saúde, segurança pública, meio ambiente, corrupção, direito de voto, entre outros assuntos ligados às questões políticas e sociais.

Carta ao Presidente destina-se a todos os governantes: presidente, governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores. Enfim, a todo poder constituído dessa nação. Mas não para por aí. Além do objetivo principal que é mostrar o citado acima, tem o de provocar o interesse do povo para as questões políticas de seu país.

Destaque importante no livro é a diversidade dos temas abordados, sectários ou não, cada autor apresenta o seu perfil ideológico e uma noção própria de Brasil, podendo-se afirmar que todo o conjunto, é um grande abraço democrático.

O livro foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo - 2010, em Salvador na Biblioteca Pública dos Barris. Tem sido apresentado em diversos outros eventos literários pelo país.

Preço: R$ 20,00
Comprar ou se informar
(75) 9116 8620 (Tim)

Participe da 2ª Edição
Inscrições até 31/07/11
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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Independência e Ética

“O mal de quase todos nós é que
preferimos ser arruinados pelo
elogio a ser salvos pela crítica."
Norman Vincent
  

eterminado senador, top no twitter, perguntou o que as pessoas achavam de o mandato do vereador ser voluntário, todo tipo de opinião foi apresentada pelos que interagiam, porém, a maioria optou contra o voluntarismo. Um cidadão comentou que era muita hipocrisia, um senador com salário lesivo a sociedade, pago pelo povo brasileiro, tendo votado o aumento do próprio salário, fazer tal sugestão. Em resposta o senador disse que a pergunta não merecia ofensa, obtendo como contra resposta, a afirmativa de que a questão fora aberta em ambiente público. Ou seja, democraticamente ele deveria aceitar a opinião do internauta.

O tema é paradoxal, o debate termina por levar-nos sempre ao mesmo lugar. Concordo plenamente com o “tuiteiro”, caso o trabalho fosse voluntário, estaria o senador pulando de gabinetes, mandato a mandato? O próprio senador, apoiado por outros internautas, justificava que uma câmara municipal com pessoas voluntárias, funcionaria melhor, pois estariam lá, apenas indivíduos com real interesse em apoiar e atender as comunidades. Alguém ainda sugeriu, que tal medida deveria ser adotada em todo o país, para todos os níveis parlamentares.

Divagando um pouco mais, imaginem que alguns vereadores, quando se descobrem sem qualquer futuro político, começam a atirar francamente, utilizando a sua voz de denúncia e indignação, somente como ferramenta manipulativa. Manipulam o povo com a pele de cordeiro, ao mesmo tempo em que se expõem aos líderes locais. Com o objetivo único de serem cooptados e calados, cedendo apoio incondicional, em postura de cães de guarda. Alguns por míseros, outros por milionários favores. A ideologia é não sair do mandato de mãos abanando.

Outros poderiam ser promissores políticos de carreira, perdem a paciência corroída pela pressa e ganância, acabam por vender o intelecto e a postura de homem equilibrado, por fim enterram a pose de político ético, pela promessa de figurar em algum escalão maior. Nestes casos, só servem cargos de prestígio político, nada de atuar em escalões técnicos, pois não saberiam o que fazer, digamos então, vice-prefeito ou secretário de governo. Primeira-dama não, este posto é exclusivamente para esposa de prefeito.

Quando penso em voluntarismo, fico um tanto arrepiado, judas também foi voluntário. A maioria dos vereadores, acabam por obter ganhos muito maiores, no período de mandato do que se estivessem trabalhando em suas atividades profissionais, inclusive continuam a exercê-lás em paralelo.

Se, com tudo isto, aceitam “benefícios não-corporativos e bonificações extraoficiais”, para dar apoio velado a coronéis, imagino então se fossem voluntários, os cofres públicos seriam estourados a bombas, como fazem algumas quadrilhas.

Esta é a minha reflexão para o 2 de julho.
♫♫♫ Nasce o sol a 2 de julho... ♪♪♪ ...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia dos Namorados - Poesias e Sentimentos


A  V o l t a
Volto sim
Claro que volto
Porque não
Com tantas promessas
Sinais de leveza
Coisas feitas sob jaqueiras
Até mesmo mangueiras

Volto sim
Talvez prá ficar
Porque não
Seguindo os caminhos
Sem jamais desviar
Do desejo secreto
Na flor da inspiração

Pronto a se revelar
Soltar o pólen
Em teu coração

S i m p a t i a
simpatia para dor de cotovelo
pare num barzinho
destes que lotam
não chegue nem perto
de locais com voz e violão
é muito intimista
o machucado só vai aumentar
gafieira é boa pedida
mas é preciso saber do riscado
você não esta em condição
de ser motivo de galhofas
corra para um pagode
ou rave mais descolada
finja que esta tudo bem
prefira ficar em pé
balançando o corpo
a mesa pode te deixar isolado
peça um bom drink
que não tenha uns trololós
pendurado na boca do copo
discrição é sem dúvidas
a melhor forma de se aparecer
se preferir ambientes mais soltos
vá para uma praça agitada
ou uma beira de praia
beba duas cervejas
coma uma poção de pititingas
espere, assedie sem atacar
evite ouvir nestes dias
a música: garçon
faça isso várias vezes em uma semana
beba caldo de carangueijo
a água do cozimento
você vai precisar
se não arrumar ninguém
você é mesmo careta
mude de bar
mude de cidade
mude de postura
ou procure um rezador.


V e r d a d e s  &  D e s a m o r e s

Se ainda posso ser eu 
Quem se foi
Quem perdeu.

No paço eu repasso
Boto os pés
Em novos passos.


domingo, 5 de junho de 2011

Falta a Luz - Uma visão sobre o meio ambiente

O Homem se colocou durante muito tempo no topo da pirâmide da evolução, na sua inteligência definiu haver Reinos – Animal, Vegetal, Mineral – por ser racional se intitulou Senhor Absoluto, defendeu o usufruto, o poder do capital, o que não pagou, tomou com a espada, o que não pôde tomar, destruiu... Disseminou as regras que criou e declarou que somente é possível viver se for possível ter.

 Falta a Luz
Órfã nação
Amor de feras
Excluídos
Elitismos.

Somos todos
Sem-terra
Sem-teto
Sem-tetas.

Sem grão
Sem pão
Desunião
Caem irmãos.

Somos a Terra
Sem sermos Ela
Somos da Terra
Que somos feitos.

Mãe, Mãe
Ensinai
A não negar-te
A proteger-te.

Perdoai-me
Perdoai-nos
Somos tão brutos
Mãe, Mãe...

Em toda criação
Natureza
Em toda fé
Deus.

Lançai uma luz
Vida sem mágoas
Homem perfeito
Sem lança no peito.

... Falta a Luz...
Este texto já foi publicado no Overmundo.
Também  pode ser visto em Terra, aquele abraço! 
Fotos: Almirante Águia

sábado, 28 de maio de 2011

Arte: "DIVERSOS OLHARES de César Cerqueira" em Itaberaba

César Cerqueira "As Lavadeiras" 
Apaixonado pelos valores culturais de sua região, o artista plático feirense César Cerqueira retrata os costumes do seu povo, a devoção religiosa, as festas profanas, a lida do homem na roça e os seus festejos, redescobrindo a fantástica visão de um nordeste apaixonante.
"Abstrato com Anéis de Aço"
Apreciar a obra de César Cerqueira constitui-se em uma inestímável oportunidade de conciliar o prazer estético da contemplação a um singular conhecimento de si e do mundo, um conhecimento que extrapola os limites da realidade para atingir, no abstrato de suas telas, as múltiplas faces e imagens que vão se construindo a cada novo olhar.

Em conversa com este blogueiro, Cesar Cerqueira disse que seus dons artísticos afloraram por volta dos oito anos de idade, quando expontaneamente começou a fazer pequenas esculturas entalhadas em tacos de madeira, estes eram pequenos retângulos que foram muito utilizados na forração de pisos até fins da década de 70, do século passado.
"Carro de Boi" 
Muito enfaticamente, nos informa que foi através da literatura nacional e mundial, que ocorreu o grande encontro e interação com o imaginário e o simbólico que toma forma e vida na sua arte. Num tom sereno e de agradecimento, cita dois grandes escritores brasileiros, Graciliano Ramos e o impagável Ariano Suassuna.

A Exposição - "DIVERSOS OLHARES de César Cerqueira", acontece no Espaço Cultural Donald Amorim, na Câmara Municipal de Vereadores de Itaberaba de 26 de maio a 08 de junho de 2011. A entrada é franca. 

Apresentação musical
Os presentes a inauguração do evento (26), foram agraciados também, com a apresentação do músico, cantor e compositor Dão de Abreu. Este moço, filho de Ibiquera, foi o primeiro âncora do programa "Especial da Manhã", na Rádio Rosário FM 104,9 - e esta preparando um novo CD para os amantes da boa música.
 Dão de Abreu
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