sexta-feira, 1 de julho de 2011

Independência e Ética

“O mal de quase todos nós é que
preferimos ser arruinados pelo
elogio a ser salvos pela crítica."
Norman Vincent
  

eterminado senador, top no twitter, perguntou o que as pessoas achavam de o mandato do vereador ser voluntário, todo tipo de opinião foi apresentada pelos que interagiam, porém, a maioria optou contra o voluntarismo. Um cidadão comentou que era muita hipocrisia, um senador com salário lesivo a sociedade, pago pelo povo brasileiro, tendo votado o aumento do próprio salário, fazer tal sugestão. Em resposta o senador disse que a pergunta não merecia ofensa, obtendo como contra resposta, a afirmativa de que a questão fora aberta em ambiente público. Ou seja, democraticamente ele deveria aceitar a opinião do internauta.

O tema é paradoxal, o debate termina por levar-nos sempre ao mesmo lugar. Concordo plenamente com o “tuiteiro”, caso o trabalho fosse voluntário, estaria o senador pulando de gabinetes, mandato a mandato? O próprio senador, apoiado por outros internautas, justificava que uma câmara municipal com pessoas voluntárias, funcionaria melhor, pois estariam lá, apenas indivíduos com real interesse em apoiar e atender as comunidades. Alguém ainda sugeriu, que tal medida deveria ser adotada em todo o país, para todos os níveis parlamentares.

Divagando um pouco mais, imaginem que alguns vereadores, quando se descobrem sem qualquer futuro político, começam a atirar francamente, utilizando a sua voz de denúncia e indignação, somente como ferramenta manipulativa. Manipulam o povo com a pele de cordeiro, ao mesmo tempo em que se expõem aos líderes locais. Com o objetivo único de serem cooptados e calados, cedendo apoio incondicional, em postura de cães de guarda. Alguns por míseros, outros por milionários favores. A ideologia é não sair do mandato de mãos abanando.

Outros poderiam ser promissores políticos de carreira, perdem a paciência corroída pela pressa e ganância, acabam por vender o intelecto e a postura de homem equilibrado, por fim enterram a pose de político ético, pela promessa de figurar em algum escalão maior. Nestes casos, só servem cargos de prestígio político, nada de atuar em escalões técnicos, pois não saberiam o que fazer, digamos então, vice-prefeito ou secretário de governo. Primeira-dama não, este posto é exclusivamente para esposa de prefeito.

Quando penso em voluntarismo, fico um tanto arrepiado, judas também foi voluntário. A maioria dos vereadores, acabam por obter ganhos muito maiores, no período de mandato do que se estivessem trabalhando em suas atividades profissionais, inclusive continuam a exercê-lás em paralelo.

Se, com tudo isto, aceitam “benefícios não-corporativos e bonificações extraoficiais”, para dar apoio velado a coronéis, imagino então se fossem voluntários, os cofres públicos seriam estourados a bombas, como fazem algumas quadrilhas.

Esta é a minha reflexão para o 2 de julho.
♫♫♫ Nasce o sol a 2 de julho... ♪♪♪ ...

Um comentário:

  1. Oi,Almirante Águia
    Concordo plenamente com vc. Se voluntários fossem, os vereadores se achariam no direito de cometer as maiores atrocidades.
    Temos um legislativo, um judiciário e um executivo muito bem pagos e nem por isso a eficiência é o forte dos três poderes!
    Um abraço e tudo de bom!

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