segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Verdade não tem corpo


A Verdade não tem corpo
A Esperança não tem olhos
Altair Ramos

Espantam-se com as verdades
Que surgem gasosas e lentas
Em muitos casos, fogo fátuo
A sina da verdade, só transparecer
Há de ser num espectro rápido
Pois os olhos que hão de ver
Viram logo pro outro lado.

Viver de falsas esperanças
Uma hipérbole pleonástica*
Quimeras que impomos ver
Pois a esperança não tem olhos
Sem baliza, sem guias para a mira
Quando a verdade vem à tona
Resfolega, foge, tropeça e morre.

Verdade encantadora não existe
Só é conveniente sendo necessária
Porém, desnecessária se inconveniente.

A esperança, riso da boca triste
Placebo voraz em tarja preta
Protegem as rugas de toda a gente.
.
.
*Talvez, um pleonasmo hiperbólico


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por estar interagindo neste trabalho.
Sua participação é muito importante.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...