A Verdade não tem corpo
A Esperança não tem olhos
Altair Ramos
Espantam-se com as
verdades
Que surgem gasosas
e lentas
Em muitos casos,
fogo fátuo
A sina da verdade,
só transparecer
Há de ser num
espectro rápido
Pois os olhos que
hão de ver
Viram logo pro
outro lado.
Viver de falsas
esperanças
Uma hipérbole
pleonástica*
Quimeras que impomos
ver
Pois a esperança
não tem olhos
Sem baliza, sem
guias para a mira
Quando a verdade
vem à tona
Resfolega, foge,
tropeça e morre.
Verdade encantadora
não existe
Só é conveniente
sendo necessária
Porém,
desnecessária se inconveniente.
A esperança, riso
da boca triste
Placebo voraz em
tarja preta
Protegem as rugas
de toda a gente.
.
.
*Talvez, um
pleonasmo hiperbólico
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