sexta-feira, 30 de abril de 2010

LOST, estamos chegando ao fim

Este post é uma homenagem a série que tanto gosto, me esforçando ao máximo para assisti-la nas madrugadas de quarta-feira, posso dizer que sou um dos viciados em Lost, porém terei que entrar em abstinência a partir do dia 23 de maio quando ocorrerá o episódio final “The End”. Aviso aos fãns mais fervorosos que não tenho intenção nenhuma de explicar a série, apenas transmito um pouco da minha percepção com relação ao aspecto convivência. Coisas como eletromagnetismo e viagem no tempo, assim como as referências históricas, religiosas e filosóficas, ficarão para o futuro, ou nunca mais.


LOST, estamos chegando ao fim
Lost é uma série televisiva norte-americana de drama e aventura, que começa com o acidente de um avião, que viajava de Sidney, Austrália, com destino a Los Angeles, EUA, caindo em uma misteriosa ilha tropical do Oceano Pacífico. A série tem um estilo único, contando duas histórias aparentemente não ligadas entre si. Estas histórias vão se equalizando aos poucos enquanto vamos entendendo melhor as atitudes e o comportamento de cada um dos protagonistas.

Em primeiro plano temos a saga dos 48 sobreviventes do desastre lutando pela própria salvação ou de todo o grupo, existem ainda, os obstáculos da convivência com estranhos, além de terem que enfrentar seus próprios medos, há os horrores gerados pelas misteriosas adversidades da ilha. No segundo plano, são mostrados os principais fatos das vidas destas pessoas antes do embarque no vôo 815 da Oceanic Air Lines, por meio de flashbacks pessoais. A série foi criada por Jeffrey Lieber, JJ Abrams e Damon Lindelof, sendo filmada Oahu, Havaí.


O seriado é acompanhado por fãs do mundo inteiro que interagem entre si através de sites especializados, blogs, twitters, fóruns e comunidades sociais como o Orkut. Nestes espaços, eles expressam suas opiniões, teorias, especulações e expectativas, antes e depois de assistirem cada episódio. No Youtube, por exemplo, existe um acervo enorme de material, onde é possível assistir a trailers, cenas cortadas dos episódios sem ir ao ar, até mesmo episódios inteiros, lógico que fracionados, além de uma quantidade enorme de vídeos realizados pelos fãs, alguns com muito boa qualidade.

Lost mistura a ciência e a fé, a razão e a emoção, causando com isso uma divisão entre os fãs, pois cada qual quer uma história sectarizada dentro do seu perfil de opinião. O seriado nos leva a refletir sobre o destino, o livre-arbítrio e o comportamento humano. Haverá um destino ou o futuro depende apenas de nossas atitudes? Será o destino, fruto de uma reação equilibrada, como acontece no “triângulo do fogo”? Sendo assim, todo o nosso futuro depende exclusivamente da harmonia entre fatores como: propósito, livre-arbítrio e decisão. Lost não responde a isto, nem mesmo aos personagens. Quanto a nós, cada qual que se encontre nas próprias revelações.

O que mais chama a atenção na série, não são os muitos mistérios, que certamente permanecerão insolucionáveis, sem respostas, e sim, a aproximação entre as pessoas, por empatia, convicção, altruísmo ou por interesses. Ninguém, efetivamente, é bom ou mau, verdades e mentiras são vistas de maneira particular entre os personagens, o que pode configurar cisões ou aproximações entre eles. As atitudes de cada um podem ser consideradas como omissões, mentiras, traições e manipulações, sendo interpretadas por cada personagem de acordo com a própria formação de caráter e a percepção do certo e do errado.

O final de cada episódio é sempre bastante intrigante, com o suspense necessário a assegurar audiência ao próximo capítulo, porém nada me chama mais a atenção do que aqueles finais onde acontecem celebrações, quando as cenas que vemos na tela são de pura fraternidade. É bonito ver que as pessoas podem ser felizes e realizar partilhas, apesar dos infortúnios ambientais e das concepções pessoais.

Em tais finais vemos as pessoas celebrando a água, o alimento (saciedade), o encontro, a amizade e o conforto (esperança). Frase importante, dita logo na primeira temporada,  demonstra bem  a fragilidade humana e expressa estes sentimentos, num momento de escassez de água, alimento e esperança.  Tal proclamação deixa evidente a superior necessidade que conduz as pessoas a estabelecerem laços de amizade, convívio e sobrevivencia. “Cada um por si não vai funcionar aqui. (...) Se não podemos viver juntos, vamos morrer sozinhos.”
Ou estaremos todos perdidos.
Namastê


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2 comentários:

  1. " vamos entendendo melhor as atitudes e o comportamento de cada um dos protagonistas."

    Não consigo entender a trama...lógico que também não acompanhei o inicio, não sabia do que se tratava,um dia assisti um capítulo e percebi exatamente o inverso do trecho descrito, agora sei que um dia você irá me explicar tudinho...rsrsrs

    bjs

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  2. Oi Almirante !
    Os americanos fazem o melhor , tanto na tela grande como na telinha ... é a força do império ... ficou excelente seu blog, mesmo porque talentos , venham do império ou não, merecem aplausos .

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