sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PAPO DEZ


- Está definido, democracia é um tipo de organização onde todos podem falar o que quiser, criticar, gritar, sem que ninguém de atenção e, por fim, calar.
- Como é mesmo o nome do cara?
- Ta voando?
- Oxen... Nem bebeu nada ainda...
- Não!... É sobre o mesmo assunto que estávamos falando, tem um cara das antigas, que inventou este negócio de três poderes... Com uma ideia que somente o poder vence o poder...
- Sei, sei... A queda da bastilha não é?
- Nada disso, mas tem haver... O nome do cara está na ponta da língua e não consigo me lembrar... É alguma coisa parecida com Mont sei lá das quantas.
- Monte castelo?
- Rarará, só você mesmo. Lembrei porra!
- Peraí rapaz, vai devagar, eu já enfartei e não quero passar pela ponte de safena. Como é então o nome do cara antes que se esqueça de novo?
- Montesquieu, ele desenvolveu uma idéia antiga, que acabou por inventar o presidente da república, os senadores e deputados...
- Montes de quê?
- Pronto, então foi este safado que ajudou a provocar a detonação de minha aposentadoria.
- Da minha também. E o Felício que divorciou da mulher, ficou morando na casa de cima, de vez em quando davam umas recaídas, não teve nem direito a ser reconhecido como viúvo... Tá lá, vivendo com um mínimo, poderia ter direito a pensão da esposa, mas a lei...
- Isso não tem nada a ver, o cara tá falando coisa séria...
- Tem tudo a ver sim, não foi ele quem disse que precisava ter um poder legislativo? Me diz aí, onde ele está, quero tirar satisfações é já!
- Tudo isso é coisa à toa.
- À toa nada, a gente prá viver, depende desses... desses... Ora deixa prá lá...
- Então quer dizer que vivemos nesta merda por causa de um idiota intelectual?
- Peraí, caramba!... Vocês estão fazendo a maior confusão. A idéia do cara foi boa, nós é que não sabemos fazer bom uso.
- Pronto, agora todo mundo aqui é culpado. Então, chama um guarda e me manda preso... Era só o que me faltava...
- Se acalmem, vocês nunca na vida, viram uma eleição? Pois é, estou falando do quarto poder, o povo, que sustenta este pais, opina e vota, mas se deixa levar por aparências e conversa mole.
- Mas o cara é mesmo cheio de “dotoragi”, falou bonito.
- Falando em eleição, vi na TV, um repórter-humorista perguntar a um presidenciável, se o nome da próxima eleição seria o massacre do serra elétrica, desconversando ele disse que eleição é uma manifestação democrática e blablablá.
- Poderia ter sido sincero, e dizer que massacre mesmo ocorre na pré-candidatura e durante toda a campanha.
- Que nada, massacrados mesmo, somos nós, que não temos quase opção.
- Chega vou mudar de assunto, sabiam que vai sair um filme sobre o Lula?
- Como é?
- É isso mesmo, vai custar R$ 17.000.000,00.
- Pô cara, não acredito... “Cantando na Chuva” custou US$ 2.500.000,00, rendeu nas bilheterias US$ 7.500.000,00, e já faz é tempo.
- Ôô, cinéfilo, quanto custou “E o Vento Levou”?
- Sei lá!
- “O Exterminador do Futuro”?
- Também não sei.
- Ah, você não sabe de nada.
- Deste jeito não vai sobrar dinheiro para o vale-cultura.
- Mas nem precisa este tal vale, aqui todo mundo é malabarista, palhaço e herói de comédia.
- Sabe... tô de saco cheio. Ôô da bandeja, traga um “milomi” prá mim, bota um fio de mel de italiana.
- Você tá certo, também quero uma dose, aliás, bota abaíra aí, prá todo mundo. Trás mel e limão separado.
- É o seguinte, trás também umas linguicinhas... Bota tudo na minha conta e arquiva.
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Revista Cultural Artpoesia nº 82

A edição nº 82 da Revista Cultural Artpoesia, homenageia o grande vate lusitano Fernando Pessoa, apresentando tópicos da sua obra, trazendo especialmente Alberto Caeiro, o primeiro de seus heterônomios, de caráter melancólico e rural, mas dono de uma poética romantico-filosófica marcante.

É uma revista extremamemte pessoana, inclusive nas seções de Curiosidades e Pesquisas. Com isso, ganha o leitor, o estudante e o próprio fã de Pessoa, com esta edição para ser consultada, lida e discutida.

Somente para registrar a edição anterior nº 81, homenageou a poetiza Cecília Meireles, e sempre com o intuíto principal de divulgar poetas contemporâneos, a Revista Cultural Artpoesia, traz poesias e contos de autores baianos e de outras praças, dos oito aos oitenta anos de idade, ou mais, que se apresentam cada vez mais inspirados. (Texto adaptado do editorial da revista)

Fernando Pessoa sobre Alberto Caeiro
Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que fialmente desistira - foi em 8 de março de 1914 - acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não consegui definir. Foi o dia trinfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, "O Guardador de Rebanhos". E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem de desde logo o nome de Alberto Caeiro.


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Entre em contato por e-mail:
almirante@sendnet.com.br
artpoesia@bol.com.br

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

LUTAR CONTRA TODA ADVERSIDADE QUE INSISTE EM NOS FREAR



CONTRÁRIA_MENTE

Um diz barra
Outro diz sabão
Apoio – Escorregão
Paralelo – Divergente
Irmão – Enrolação
É isso – Sei não
Não é isso – Eu sei
Acredito – Eu acho
Guisado – Churrasco
Farofa – Pirão
Pirou – É assim que faço
Um minuto – A eternidade
Uma vez – É sempre assim
Um pouco – Parece demais
Já vou – Tem que ser agora
Está pronto – Passou da hora
Comprar – Já tenho tudo
Doar – Melhor vender
Poupar – Tirar de onde
Não posso – É mesmo um fraco
Posso – Parece brincadeira
Educado – Está se achando
Culto – Tanta arrogância
Tolerante – Bonzinho demais
Está bom – Só quer agradar
Sorriso – Rindo de mim
Sim – Que satisfação
Não – Cadê o apoio
Contrário – Descontente
Concordo – Está com a gente.

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Crédito da imagem

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

QUAL A FUNÇÃO DO VEREADOR???

Quando se escuta esta pergunta, muita gente aparece com o código eleitoral pronto para citar artigos, parágrafos e alíneas, mas prefiro deixar este formato de resposta para professores, advogados e juristas, não cito os próprios vereadores porque sei que a maioria não tem competência para uma resposta adequada, pois se soubessem responder, também saberiam exercer.

Vamos à definição que interessa, porque "issu é cunversa pá boi durmir":
O vereador tem o papel prático de representante social, é ele o cara que deveria estar ao lado da comunidade que o elegeu e dos demais, identificado com as suas necessidades e anseios para a partir daí, buscar nos dispositivos legais ou criá-los quando não existir, as possibilidades de melhoria da qualidade de vida do cidadão.

No mais é ter vergonha na cara e muita coragem para trabalhar. Tô pagaaanu!!!!

Estou certo que o seu voto foi para alguém com este perfil. OK?

Você sabia que em Portugal não existem vereadores? Concluo que as piadas com este povo além mar é somente despeito, pois aí está uma prova de inteligência....

Cena Trágica
Haviam três tomates andando pela feira, um chamava-se Executivo, o outro Legislativo e um mais bobinho chamado Eleitor, quando ocorreu a seguinte cena:

Executivo gritou para os outros dois:
- Cuidado, um carrinho de mão!...
Legislativo pulou:
- Tô vendo, obrigado.
Eleitor falou:
- Não consigo enxergar... Sploooch!?...

Esta cena ocorreu na Cidade do Tomate que Brilha, na Chapada Diamantina


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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Coisas de Criança II


O Segredo

- Mãe você tem um segredo, que eu sei, vai ficar só na família... Você disse que aí tem um sangue, não precisa nem me mostrar, eu já vi outro dia e sei como é... que nooojo... mas eu não vou contar para ninguém, nem prá minha vó, nem prá minha tia, só interessa prá família. Será que o bebê precisa saber?... Ele também é da família... prá meu pai também não vou contar... ele é sabido, ninguém precisa contar quase nada prá ele.
- Olha prá mim, isto é um segredo sim, mas vai ficar somente entre nós duas, porque isso é coisa de mulher. Tá certo?
- Num tá não, e não é coisa de mulher nada, eu sou criança, é coisa de dentro de casa. Quem já viu uma coisas dessas... a mãe fica sangrando e nem o pai vai saber. E se precisar ir pro médico de madrugada?... Ai, ai... É melhor ir no médico mainha, toda vez tem esse negócio e tú nunca fica boa.

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sábado, 1 de agosto de 2009

Coisas de Criança I

Como posso deixar de registrar para o mundo e principalmente para minha filhinha questionadora, pequenas pérolas que ela produz em suas divagações de quatro anos (cinco), é um ser que questiona até mesmo o próprio sono e a sua falta de controle em evitar que o mesmo se apodere de seu corpo.


DORMIR É BOM

Agora eu já sei a resposta
De querer dormir...
Sabe qual é?
Eu durmo porque meu olho fica azedo
Azedo e ardendo
Não fica querendo deixar eu ver
E eu fico querendo ver
E eu não gosto de dormir
Dormir não é bom prá nada
Bom é acordar
Eu gosto de ver que já é de manhã
Pelos buracos das telhas
Meu olho tá fechando por ele mesmo... zzzz

Cecília Ramos por Almirante Águia - Dez 2008
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