sexta-feira, 21 de maio de 2010

Conversa de Elevador

Sobe?

Sobe

Sobe?

Desce

Desce?

Desce

Desce?

Sobe

Subiiiiiiinu

Desceennnnoo

Vai prá ondi?...

Este é somente um post apressado de quem esta sindo em viagem, volto na próxima semana.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Brincando com o Tempo



BRINCANDO COM O TEMPO
Almirante Águia

Muitos querem comprar tempo
Embora creia-se por costume
Que tempo dinheiro seja
Um paradoxo ai existe
Como pode algo ser outro
Sendo pago por este mesmo?

Precisamos de tempo real
Não serve cartão com chip
Mesmo cheque especial
Deve ser em espécie corrente
Utilizado ao livre-arbítrio
Com liberdade ou sem ideal.

Tempo para coisas importantes
Como se largar torto na cama
Fazer guerra de travesseiros
Acompanhar voo de abelha
Apreciá-la fazendo o mel
Ir a feira sem querer nada
Olhar rostos e cumprimentar.

Tempo deve ser bem escolhido
Precisa estar certo no ponto
Seja vago ou de tribulação
Mesmo em fase de maturação
Desfrutemos com viço e vício
Da forma que melhor satisfizer
Ter vida plena desde o início.

Quanto ao tempo perdido
Já dizem os mais sabidos
Sobre o leite derramado
Não deve haver choradeira
Pois todo leite por origem
Se na teta não for mamado
Chorado é na ordenhadeira.

Muitos fecham as janelas
De mau humor com o passado
Chorando o tempo perdido
Outro adágio popular
Ensinamento dos mais empíricos
Tudo vem no tempo certo
Se por ventura não atrasar.
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sábado, 8 de maio de 2010

Minhas Mães



Minha Mãe
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

Vinícius de Moraes
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Forrest Gump










Forrest Gump - O Contador de Histórias
EUA, 1994
Sinopse - Wikipedia




Todo homem deveria ser bom
Assim, de forma simples
Sem provocar no mundo mazelas
Porque se todos fossem assim
Não existiriam querelas

Toda palavra deveria ser uma
Assim, sem sinônimos ou homônimos
Porque se fosse assim
Seria mais fácil manter um diálogo
Sem dúvidas ou estratégias

Todo Vietnã não deveria ser guerra
Assim, um lugar para ficar nas férias
Porque se fosse assim
Filhos e mães não chorariam
Sonhos que cairiam por terra

Toda educação deveria ser verdadeira
Assim, com respeito e igualdade
Porque se fosse assim
Entenderíamos o que é pluralidade
Viveríamos de fato a nossa humanidade

Todo premio deveria ser por humildade
Assim, sem veleidades ou vaidades
Porque se fosse assim
Se beneficiaria toda a sociedade
Seríamos irmandade e fraternidade

Toda pessoa deveria ouvir a si mesma
Assim, como de fosse o outro
Porque se fosse assim
Evitaríamos a ira e o distanciamento
Seria a nossa obrigação dar alento

Todo amigo deveria falar menos
Assim, observando e entendendo
Porque se fosse assim
Aprenderíamos mais a todo momento
Ninguém declararia vans julgamentos

Toda liberdade deveria ser plena
Assim, sem a ditadora democracia
Porque se fosse assim
Não persistiriam medidas hipócritas
Não teria sentido o verbete déspota

Toda a vida deveria ser mais simples
Assim, sem o fútil e o desnecessário
Porque se fosse assim
Teríamos maior tempo para o amor
Teríamos tudo
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